terça-feira, 19 de junho de 2012

Albertina Berkenbrock: jovem mártir pela pureza


Beata Albertina BerkenbrockNeste dia 15 de junho, a Igreja celebra a memória da Bem-aventurada Albertina Berkenbrock, jovem morta de forma trágica na comunidade rural de São Luiz, no interior de Santa Catarina, em 1931, aos 12 anos.
Albertina nasceu em 11 de abril de 1919, em São Luís, numa família de origem alemã, simples e profundamente cristã. No dia 15 de Junho de 1931, Albertina estava apascentando os animais de propriedade da família quando o pai lhe disse para ir procurar um bovino que se tinha distanciado. Num campo vizinho encontrou Idanlício Cipriano Martins – conhecido com o nome de Manuel Martins da Silva, era chamado pelo apelido de Maneco – e perguntou-lhe se tinha visto o animal passar por ali. Ele respondeu que sim, acrescentando que o tinha visto ir para o bosque próximo dali e ofereceu-se para a acompanhar e ajudar na busca. Mas, ao chegarem perto do bosque, Maneco tentou violentá-la e ela resistiu. Então, Maneco pegou um canivete e a degolou. A jovem morreu imediatamente.
No funeral de Albertina participou um elevado número de pessoas e todos diziam já que era uma "pequena mártir", pois dado o seu temperamento, a sua piedade e delicadeza, eram convictos de que tinha preferido a morte ao pecado. Em 20 de outubro de 2007, cerca de 10 mil pessoas acompanharam a cerimônia de beatificação de Albertina Berkenbrock, na praça da catedral de Tubarão (SC).

Testemunho de familiares

Beatificação de Albertina em Tubarão (SC)Veridiana da Rosa Leite e Arielle Cristina Fragnani da Silva são primas em terceiro e quarto grau respectivamente de Albertina. Embora não tenham conhecido pessoalmente a beata, relatam testemunhos transmitidos pela família sobre a mártir.
Para Arielle, o aspecto mais marcante da Beata Albertina antes do martírio foi sua religiosidade. “Ela se destacou como aluna do curso de catecismo preparatório para a primeira comunhão. O professor Hugo Berndt, que ministrou o catecismo, disse que seus olhos brilhavam enquanto ele falava, deixando transparecer seu interesse e sua compreensão”. A prima também contou que Albertina participava da missa com a família aos domingos, “distinguindo-se pelo recolhimento e devoção com que se portava”. “Ela não tinha as futilidades das outras meninas e tomava muito a sério as orações. Apesar de ter recebido uma formação religiosa comum, os efeitos nela foram profundos”, disse.

“Minha avó, Marta Henrique Berkenbrock da Rosa, ajudou a limpar o corpo, e costumava dizer que ela estava ensopada de sangue. De fato, suas roupas, o chão e até os galhos das árvores testemunharam a sua resistência”, relatou Veridiana.
Ariele enfatizou o que tornou a Beata Albertina conhecida e amada foi uma ação especial da graça. “A sua coragem em dizer não e entregar a vida por amor à virgindade é o principal motivo da difusão do seu culto. O seu exemplo fala por si mesmo e atinge o fundo dos corações”.

Muitas graças foram obtidas pela intercessão da garota. Na capela erguida no local do martírio há incontáveis ex-votos, que testemunham numerosas graças recebidas por sua mediação. Apesar de não faltarem esses testemunhos, seu processo de beatificação não exigiu qualquer milagre por se tratar de uma mártir. Porém, os milagres, serão indispensáveis para a canonização, cujo processo está em andamento.

Intecessora da JMJ 2013

No último dia 27 de maio, a Beata Albertina foi anunciada entre os nomes dos santos e beatos que serão intercessores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), marcada para os dias 23 a 28 de julho de 2013, no Rio de Janeir. A jovem mártir brasileira será invocada entre os jovens como “virtuosa nos valores evangélicos”.

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