segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Amigos por algum tempo

Lembra-se daqueles amigos e amigas de bares, restaurantes, rodinhas de samba e de conversas que não conseguiam viver sem você, nem você sem eles? Que fim levaram aqueles sentimentos?

Por culpa sua talvez, ou deles; por culpa de interesses outros, eles foram fazendo novas amizades e enturmando-se com outros e outras. Esqueceram você. Mas a verdade é que você também os esqueceu.

Pararam de mandar e-mails, de telefonar, se querer se ver e alguma coisa foi esfriando. Restou o carinho. Você é grato por aqueles encontros, mas já não se vê procurando-os nem eles ou elas a você.

Ponha esta experiência na conta das circunstâncias. Família nova, trabalhos, outros interesses, pessoas novas entraram nas suas vidas e o que durou alguns anos ainda existe, mas não com a mesma intensidade. Quando se encontrarem será maravilhoso, anotarão telefones e endereços, prometerão novos encontros, mas ficará tudo por isso mesmo, porque distância, tempo e afazeres às vezes separam amigos até então inseparáveis.

Filosofemos um pouco... O efêmero faz parte da vida. Poucas amizades se mantêm as mesmas pela vida afora. A maioria sofrerá distanciamentos e reajustes. Se você tem algum amigo, uma amiga ou alguém especial que há mais de quinze anos o procura e gosta de ser procurado para mais uma rodada de conversas, risos e correção de dados, agradeça a Deus por este alguém. Ele atravessou os tempos com você. E isso é coisa rara e dom do céu! Amigos são como anjos daqui: estão por perto mesmo que não os notemos, trazem sempre uma nova mensagem, ou atualizam a de sempre cada vez que os encontramos... Mas são humanos e, por isso, são anjos que vão e que vêm... Adote os dois tipos: os que ficaram e o que foram sem de fato ter ido! 


Pe. zezinho, scj 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

.: Paulinas Educação

.: Paulinas Educação: Ícone da educação, Paulo Freire completaria 90 anos nesta segunda 19 de setembro de 2011

.: Paulinas Família

.: Paulinas Família: O Papa aos namorados: "Não tenham medo do matrimônio fiel e indissolúvel."

QUANDO SE OLHA PRA JESUS...

Dannecker, escultor alemão, levou oito anos para produzir uma obra da face de Cristo. Todos os que observavam o trabalho, podiam perceber na escultura, o amor do Salvador e o sofrimento pelas lutas travadas em sua passagem por este mundo.
Logo a seguir, o artista foi convidado a empregar seu enorme talento em uma estátua de Vênus.
Como resposta ao convite, ele disse:
- "Após contemplar, por longo tempo, a face de Cristo, poderia eu virar minhas atenções para uma deusa pagã?"

Poderíam nós jovens, após experimentarmos uma vida transformada pelo amor do Senhor Jesus, desejar retornar aos prazeres enganosos do mundo?
Seria possível que voltássemos a viver de forma vazia e sem atrativos, caminhando por sendas que a nenhum lugar levam?
Haveria algum prazer na troca do certo pelo incerto, do belo pelo feio, da alegria pela tristeza, da salvação pela perdição?

Estamos esculpindo, dia após dia, o nosso porvir. A cada passo percebemos se a obra produzida está melhor ou pior. Às vezes precisamos refazer tudo e começar novamente o trabalho.
Mas, quando o Senhor entra em nossos corações, nossos passos se tornam mais firmes, mais seguros, mais atraentes, mais prazerosos, mais estimulantes.
A obra se torna mais fácil de esculpir, os retoques se tornam menores, a satisfação sentida é bem maior, seguimos em frente sabendo que ao final, contemplaremos com muita alegria o nosso sucesso, a nossa grande bênção.

Quando olhamos para Jesus, nossa fé é fortalecida, nossas esperanças são renovadas, nossas dúvidas são sanadas, nossos anseios são satisfeitos. Nele somos felizes, somos completados.

Você ainda busca encontrar a razão de sua vida? Olhe para o Senhor, pare um pouco o que está fazendo e contemple a face de Jesus por alguns instantes, e se possível todos os dias, e sua procura estará encerrada.

Jovem, essa é a melhor coisa que podemos te oferecer para toda a sua vida: JESUS CRISTO. Não existe nada melhor, mais duradouro, mais confiável do que o Amor de Jesus por você. Acredite nisso!
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Faça sua opção. Dê uma chance a você mesmo. Se dê uma oportunidade de melhorar e de ser feliz. Você merece!
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E aí, quando você O conhecer mais profundamente, não aceitará mais substituí-lo pelas futilidades desse mundo, nem por nada que possam te oferecer de diferente Dele, pois terás conhecido o verdadeiro Amor. E esse é insubstituível!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011


A fé como produto

Pe. Zezinho, scj

Religião deveria ser ágape e não fast food! A vida não deveria ser fast food. Para a pressa dos nossos dias inventaram igrejas com milagres e curas garantidas, rápidas e com dia e hora marcados. Os fiéis vão lá onde se fala o que desejam ouvir, se faz o que desejam ver e aceitam pagar por isso porque é religião que enche os olhos.

Vitrais, imagens e paredes em catequese visual não lhes dizem muita coisa. O que os convence é o gesto dramático do irmão cheio de poder que derruba um demônio, faz um coxo andar e um mudo falar. Estes sinais os convencem. O sinal da cruz, uma cruz na parede, uma pintura de Jesus perdoando nada lhes diz. A fé dramática encanta mais do que a fé kerigmática.

Mas quem vai dizer isso às massas que, no dizer de Jean Baubrillard no seu livro sobre o fim do social e o surgimento das massas (Á Sombra das Maiorias Silenciosas) e de Zygmunt Bauman no seu livro sobre a transformação das pessoas em mercadoria ( Vida Para Consumo) falma da perda de sentido e de referências e da compra e da venda de mensagens num mundo habitado por consumidores que descobriram também a religião de consumo. Numa esquina compram em dois minutos uma refeição já pronta e à sua espera, numa outra entram numa igreja e em poucos minutos presenciam um milagre ou uma expulsão de demônios. É a fé urgente a serviço da vida urgente.

Pregadores urgentes detectam em poucos minutos um anjo ou um demônio e acham uma resposta urgente garantindo que aquela resposta mudará a vida do fiel que adquirir aquela mensagem ou ir lá ouvir aquela pregação.

Criamos um mundo imediato de sapatos, roupas e comida prontos. Basta experimentar e pagar. O mundo ficou bem mais fácil. Como não poderia ser diferente alguém descobriu a religião com resposta rápida e garantida sem que voe precise aprender catecismo ou ler a Bíblia. Peque aquele trecho e pague os que o oferecem a você quando você precisar. Pronto! Problema resolvido. Semana que vem terá mais uma rodada de curas e milagres. Tiraram a decisão das mãos de Deus. Eles urgem com Deus, exortam e arrancam o milagre com suas preces intensas. Até publicam livros e panfletos de orações poderosas e infalíveis.

Ao fiel que entende que a vida e a fé não funcionam desta forma respondem que ele não tem fé, porque a Deus nada é impossível e para quem crê não existem barreiras.

E não faltam os palestristas que classificam a fé como produto. O fiel tem uma necessidade e o pregador tem uma resposta e uma solução, Vai ao livro ou conta uma história que anima o fiel a esperar pelo milagre.

Uma coisa porém é vender objetos que ajudem a estudar melhor e aprofundar a nossa fé e outra garantir que aquele objeto perfumado ou trazido de Roma ou de Jerusalém e aquele óleo com gotas de óleo da Terra Santa tem mais chance de faze ro milagre acontecer!

Perguntei a uma senhora jovem que falava das maravilhas do rosário perfumado que trouxera de Jerusalém, que diferença havia entre manipular aquelas contas e as de outro rosário brasileiro. A resposta dela foi digna de um livro de Bauman ou de Baudrillard. Disse que o que valia não era o sentido, mas o sentimento. Este, sim é a única coisa verdadeira da vida! Pedi licença e revidei dizendo que o rapaz que diante da multidão acabara de matar a namorada refém, se governara pelo seu sentimento e não pelo sentido do seu ato!

Ela perguntou onde eu estudara!... Nos mesmos livros que seu pregador preferido também estudara! Mas optei por anunciar uma fé que não tem respostas tão urgentes nem tão mercadológicas.

A dimensão mercadológica da fé assusta! Olhe as obras, ouça os apelos, calcule o rio de dinheiro que passa pelas igrejas, pergunte aonde vai tudo isso e depois reflita sobre o produto que ajuda a fé e sobre a fé que se vale do produto! O acento revelará a igreja e o pregador!

www.padrezezinhoscj.com