JMJ - 2013


Ícones da JMJ chegam em Belém


Belém recebe hoje a visita da Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude 2013. Os ícones já passaram por diversas cidades brasileiras inclusive no Pará, como Óbidos, Santarém e Marabá. Agora chegou a vez da capital paraense.

Os símbolos chegaram por volta de 7 horas da manhã e foram recepcionados no aeroporto por autoridades Civis e Eclesiásticas, além, é claro, de milhares de jovens que estavam ansiosos por este momento. Na programação do primeiro dia da visita estão previstas visitas ao Distrito de Icoaraci e a Ilha de Cotijuba.

No sábado, 20/10, a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora estarão presentes na Romaria da Juventude, procissão que faz parte da quadra nazarena. A missa que antecede a romaria será celebrada na Catedral metropolitana de Belém e será presidida pelo Bispo Auxiliar, dom Teodoro Mendes. Em seguida, na Praça da Catedral,
um show marcará a abertura do Bote Fé - Belém. Ao chegar ao seu destino final, na Praça Santuário de Nazaré, a procissão será encerrada com uma celebração eucarística presidida por dom Alberto Taveira.

Um show com a banda Ministério Adoração e Vida marcará o encerramento da visita da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora. Depois de Belém, os símbolos seguem para a cidade de Abaetetuba.

Bote Fé

Como preparação para o encontro internacional dos jovens com o papa, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa senhora visitam várias cidades do país até a data da realização do encontro. O evento chamado de Bote Fé é um convite para os jovens brasileiros participarem da JMJ 2013.



Exatamente há um ano começava a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Madri, milhões de jovens de todo o planeta se reuniram na capital espanhola para o encontro com o papa Bento XVI. Milhares de brasileiros se mobilizaram para participar do evento e receberem a notícia de que a próxima JMJ, em 2013, será no Rio de Janeiro.
A edição de agosto de 2011 da Revista Família Cristã publicou uma reportagem sobre o esforço dos jovens para marcar a presença do Brasil na JMJ.


Participar de uma JMJ (Jornada Mundial da Juventude) é um sonho para muitos jovens, um sonho às vezes difícil de realizar. Afinal, as jornadas costumam acontecer longe pra caramba, em época de aulas e a grana pra viajar é curta. Como se isso não bastasse, até pouco tempo as jornadas eram pouco divulgadas no Brasil e muita gente nunca tinha ouvido falar delas.
Neste ano (2011), no entanto, os brasileiros estão mais por dentro da Jornada que acontece em Madri, na Espanha, de 16 a 21 deste mês(agosto). Há milhares de jovens brasileiros inscritos, de norte a sul. E como essa moçada arrumou grana? Cada um se virou como pôde, fazendo todo tipo de sacrifícios. Alguns desistiram de fazer outras coisas, abriram mão de determinados bens, em troca da alegria de participar. Outros empenharam seu tempo em atividades para arrecadar recursos, e há aqueles também que, humildemente, buscaram ajuda. E fazer esses sacrifícios faz parte da peregrinação. O que leva o jovem a superar todas as dificuldades e se prontificar a viajar para uma terra estranha? O assessor do Setor Juventude da Arquidiocese de Brasília (DF), padre João Firmino, explica: “O jovem gosta e acredita nos desafios que a vida propõe e a proposta da JMJ é um grande desafio. É um despojamento pessoal na aquisição de recursos, que levam à confiança na Providência Divina e não só nos próprios meios, levam ao crescimento na fé”.

Juntando grana

Para arrecadar recursos, o grupo do Santuário São Francisco, de Brasília, composto por mais de 100 pessoas, montou todos os domingos, depois das missas, barraquinhas de cachorros-quentes, sempre muito apreciados pelos paroquianos. “A sensação de participar dos eventos de arrecadação foi maravilhosa. Pude conhecer algumas pessoas que vão viajar comigo e fazer amizade com elas. Foi uma experiência divertida e muito gratificante, pois o objetivo da arrecadação é uma motivação a mais. A receptividade dos paroquianos me impressionou. Muitas pessoas compraram só para ajudar o grupo” – conta a brasiliense Maria Cristina Costa, que está ansiosa para ir a Madri.

Muitas pessoas venderam rifas, objetos nos semáforos, fizeram e comercializaram artesanato, pediram doações. “Nessas horas os jovens colocam toda a criatividade para trabalhar! Rifamos uma câmera digital,  batemos de porta em porta pedindo doação dos padres nas paróquias da diocese, vendemos água nas caminhadas, como Penitencial e de Ramos” – conta Jaqueline Daiane C. de Jesus, da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Salvador (BA).
Algumas pessoas economizaram há um tempão. É o caso de Nilson Silva, de Santo Antônio do Monte (MG). Em 2008, ele acompanhou pela TV a Jornada de Sydney, na Austrália, e resolveu ser peregrino. Desde essa época, ele veio juntando grana, separando um pouquinho do orçamento mensal. Estudante do curso de Letras, teve que escolher entre participar das festas de formatura da turma ou embarcar na grande aventura da JMJ. Escolheu a segunda opção. “Desde o começo, a Jornada despertou em meu coração muito mais empolgação e, pela graça de Deus, não tive dúvidas em fazer a minha escolha” – conta Nilson.

Preparar o espírito

Levantar fundos, no entanto, não foi a única preocupação: a preparação espiritual para a Jornada também se fez necessária. Dioceses, movimentos e grupos procuraram organizar encontros com os jovens para ajudá-los a viver da melhor forma essa experiência, que, afinal, não é um passeio turístico, mas uma peregrinação, em que o coração deve estar aberto ao próximo e o corpo desapegado dos pequenos confortos.
A Arquidiocese de Campinas (SP), por exemplo, promoveu três encontros antes da Jornada: um focado na espiritualidade do evento, outro nas atividades que acontecerão em Madri e outro em questões culturais. A Arquidiocese de Brasília promoveu, já em 2010, um encontro quando faltava um ano para o evento.
A preparação espiritual também costuma ser feita individualmente. O peregrino, ainda em tempo, pode meditar o lema  da JMJ “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”; estudar a mensagem do papa Bento XVI para a Jornada e também os principais textos voltados para a juventude, como as várias mensagens dos papas Bento XVI e João Paulo II aos jovens e o Documento 85 da CNBB; ler o subsídio sobre as Jornadas Diocesanas da Juventude, que explica muito sobre o evento; aprender a cantar o “Hino da Jornada”; e conhecer os santos patronos do evento. O importante é que cada peregrino esteja de coração aberto para receber os frutos de sua participação na Jornada Mundial da Juventude.
O assessor nacional da Juventude, padre Carlos Sávio, fala o que significa a jornada: “A Jornada Mundial da Juventude é uma grande oportunidade de perceber com maior nitidez a rica eclesialidade que temos em nossa Igreja. Um jovem que participa de uma JMJ faz a experiência da unidade na diversidade, compartilhando com os jovens do mundo inteiro experiências frutuosas a partir das catequeses dos bispos e do Santo Padre, além de se enriquecer com a cultura local e a oração abundante. Vale a pena responder a esta convocação da Igreja!”.

Grupos de todo o país

Jovens de todo o Brasil aguardam ansiosos pelo início do encontro. Eles buscam se aproximar de Cristo, vivenciar um momento especial da fé, trocar experiências, ver o papa, fazer novos amigos. A forma mais fácil de participar foi se integrar a um dos incontáveis grupos que se organizaram para a peregrinação. Há grupos formados por paróquias ou dioceses, há grupos vinculados a pastorais, movimentos, congregações. Há muitas vantagens em fazer parte de um deles: a organização ficou mais fácil, pois as tarefas preparatórias foram divididas, e favoreceu o espírito fraterno próprio da  JMJ.
Em Brasília, por exemplo, há vários grupos ligados a paróquias e um ligado à Comunidade Católica Shalom, que representará oficialmente a Arquidiocese. Um dos grupos bem organizados, da Paróquia São Francisco, no Plano Piloto, tem mais de 100 integrantes. O Setor Juventude arquidiocesano acredita que há mais de 400 brasilienses na Jornada de Madri. Da Arquidiocese de Salvador, centenas de jovens participarão. A pejoteira Jaqueline Daiane deseja encontrar em Madri a maior manifestação de fé e unidade dos jovens católicos: “Que este seja um momento único de fortalecimento da minha fé e amadurecimento da minha espiritualidade”.
Em Manaus (AM), a expectativa é de que participem 200 jovens. Membro da Pastoral da Juventude, Edney Mendonça entusiasma-se com a perspectiva de encontrar a juventude reunida em torno da fé cristã: “Ter a oportunidade de trocar experiências com jovens de outros países sobre a evangelização é um marco. Espero encontrar na JMJ muita alegria, novidade e ousadia, que são marcas da juventude em qualquer época”. Ruy Lima, da RCC (Renovação Carismática Católica) de Manaus, fala da fórmula de sucesso da JMJ, que quer experimentar em Madri: “O papa + Igreja + jovens de todo o canto do mundo + multiculturas = Jornada Mundial da Juventude! Estou muito feliz por esse conjunto”. Ruy e Edney fazem parte do grupo de coordenadores da delegação oficial da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que é composta de aproximadamente 500 jovens provenientes de todos os cantos do Brasil e representantes de todas as expressões eclesiais que trabalham com a juventude.
Morador de Joinville (SC), o jovem Thiago Augustini, baterista da banda Beatrix, mal aguenta a ansiedade. Ele explica por que resolveu ir a Madri: “Não tem nada mais empolgante do que ouvir as experiências de quem já participou de uma Jornada Mundial da Juventude. Posso afirmar que foi por causa do testemunho de amigos que decidi ir”.


Símbolos da JMJ

A Cruz
A cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, e muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.

A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem a recebeu, em nome de toda a juventude, foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela ocasião: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção” (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 2004).

Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre. Desde 1984, a cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude. Em 1994, a cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do país sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.


O Ícone de Nossa Senhora

Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a cruz da JMJ: o ícone de Nossa Senhora, “Salus Populi Romani”, uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, no Ocidente, Santa Maria Maior. “Hoje eu confio a vocês... o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas” (Roma, 18ª Jornada Mundial da Juventude, 2003).


27/03/2012

Lema da Jornada
Ide e fazei discípulos entre todas as nações
“A Jornada Mundial da Juventude em Madrid renovou nos jovens o chamado a serem o fermento que faz a massa crescer, levando ao mundo a esperança que nasce da fé. Sede generosos ao dar um testemunho de vida cristã, especialmente em vista da próxima Jornada no Rio de Janeiro”.

Essa convocação foi feita pelo Papa Bento XVI no anúncio do lema da Jornada Mundial da Juventude Rio2013: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19), durante a audiência geral no dia 24 de agosto.

Na ocasião a catequese foi dedicada a JMJ 2011, que havia terminado no dia 21 do mesmo mês. Bento XVI recordou com carinho a participação e a alegria dos cerca de dois milhões de jovens em Madrid, ao que ele chamou de “uma formidável experiência de fraternidade, de encontro com o Senhor, de partilha e de crescimento na fé: uma verdadeira cascata de luz.”

Por isso é tão importante que os jovens do Brasil e do mundo assumam desde agora esse chamado à missão e participem da Jornada como testemunhas vivas do Cristo.

Para o padre Geraldo Dondici Vieira, diretor do Departamento de Teologia da PUC-Rio, esse é um lema para ser guardado no coração, refletido e meditado. “Esse tema, de fazer discípulos, de chamar outros discípulos para a comunhão e o convívio com o Senhor, é o tema mais querido do Evangelho de Mateus. Esse mandato, essa missão já está anunciada em todo o Evangelho. E, na verdade, só faz discípulo quem já é discípulo, quem convive com o Senhor”, afirmou o sacerdote.

Padre Dondici ressalta que esse testemunho e o próprio anúncio do Cristo, são grandes desafios pra juventude, que vive em um mundo plural, com milhares de informações, seja através das escolas, lazer, internet, especialmente no contato com as redes sociais, como o facebook, twitter: “Com essas mil participações, ele, jovem discípulo, é chamado a plantar no coração de quem ele encontrar, com quem ele se comunicar, o desejo de ser discípulo de Jesus”.

“O que ganha o discípulo de Jesus? Ganha a pertença ao reino, ganha a certeza do amor de Deus, ganha a certeza de ser para os outros sinal de misericórdia e de amor. Ganha o levar e doar a paz do Senhor. São esses frutos e dons que o mundo muito precisa. O perdão, a misericórdia, a paz é que irão diminuir na sociedade, no mundo de hoje, a violência, a guerra, a corrupção, a maldade, tudo aquilo que tira a possibilidade do jovem crescer e colocar toda a sua riqueza e vitalidade a serviço da humanidade”, afirmou.”

No mandato final do texto de Mateus – “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” –, explicou o padre, está um grande sonho antropológico de todos, de que o contato com o Senhor, a amizade com Ele, desperte o que cada um tem de melhor em si mesmo.

“Vivemos em um mundo onde há muitos desperdícios, perdas humanas, por falta de chance. O convívio com o Senhor desperta o que temos de melhor. O anúncio ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ é um anúncio para a vida toda. Em nenhum momento podemos fazer um intervalo dele, porque ele supõe que aquele que é amigo do Senhor, pela sua vida, pelo seu estar no mundo, comunique aos outros a luz, a beleza e a alegria de ser discípulo do Senhor. Essa é a missão que a nossa Igreja precisa.




20/03/2012
Tudo começou com um encontro promovido pelo Papa João Paulo II em 1984. Foi um encontro de amor, sonhado por Deus e abraçado pelos jovens. Vozes que precisavam ser ouvidas e um coração pronto para acolhê-las.
Jornada Mundial da Juventude - JMJRio2013A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), como foi denominada a partir de 1985, continua a mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e a mostrar o rosto de Cristo em cada jovem.
Cerca de 300 mil jovens estiveram unidos ao Santo Padre na Praça de São Pedro, no Vaticano, em 1984, quando ele entregou aos jovens a Cruz da Jornada. E os encontros continuaram: novamente em Roma, (1986 – Diocesana), em Buenos Aires (Argentina – 1987), em Santiago de Compostela (Espanha – 1989), em Czestochowa (Polônia – 1991), em Denver (Estados Unidos – 1993), em Manila (Filipinas – 1995), em Paris (França -1997), em Roma (Itália – 2000), em Toronto (Canadá – 2002). Com Bento XVI em Colônia (Alemanha – 2005), em Sidney (Austrália – 2008) e em Madri (Espanha – 2011).
As cidades que sediam uma Jornada ganham, de verdade, um ‘colorido’ diferente. São centenas de nacionalidades misturadas e integradas. Coisas que são consideradas empecilhos em outras situações como o desconhecimento da língua e a diversidade cultural tornam-se atrativos em uma JMJ.
Além do fato de estar em outro país, com seus encantos turísticos, a participação na Jornada requer um corpo preparado para a peregrinação e um coração aberto para as maravilhas que Deus tem reservado para cada um. São catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à Igreja, festivais de música e atividades culturais. Enfim, um encontro de corações que crêem, movidos pela mesma esperança de que a fraternidade na diversidade é possível.