terça-feira, 24 de abril de 2012

A vida de Dorothy Stang, Mártir da Criação


"Não fugirei nem abandonarei a luta destes trabalhadores que não têm proteção, no meio da floresta. Eles têm o direito sagrado a uma vida melhor, numa terra onde possam viver e produzir com dignidade."

Nascida nos Estados Unidos e naturalizada brasileira, Irmã Dorothy Stang, da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora de Namur, sustentava a ideia de uma Igreja que fosse voz profética de justiça social. Lutou para defender a floresta amazônica da fome de dinheiro dos latifundiários, onde tudo se transforma em destruição, rapina, morte. Foi assassinada em 2005, enquanto estava em Anapu, no estado do Pará - Estado que detém o recorde de desmatamento, de abusos dos direitos humanos e de crimes ambientais.

Ao morrer, segurava sua única arma: a Bíblia. Sua luta tornou-se luta para a proteção da Criação. Daí o sentido que Valentino Salvoldi confere à obra Mártir da criação - Dorothy Stang, agora editada por Paulinas. A edição brasileira mereceu prefácio de Dom Erwim Kräutler, bispo de Xingu, que há mais de quarenta anos atua na região e que conviveu com Irmã Dorothy. “Sepultei a Irmã lá onde queria ser sepultada, à sombra de árvores frondosas, bem próximo ao pacífico rio Anapu. No enterro, não havia mais nenhuma comitiva de políticas. Somente o povo da Transamazônica que a amava e que ela amava.”
Posicionada em favor dos mais pobres e da defesa dos direitos dos trabalhadores, a “ambientalista amazônica” insere-se plenamente no fermento cultural e social que aprofunda as suas raízes na Teologia da Libertação e no fervoroso compromisso social que se seguiu à Conferência dos Bispos da América Latina realizada em Medellín, em 1968.

TítuloMártir da criação: Dorothy Stang
Autor: Valentino Salvoldi
Coleção: Memória
Formato: 14,0 x 21,0
224 págs.
Preço: R$ 17,20

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