São um pó, uma seringa, um punhado de erva, um cigarro, uns frascos, um comprimido. São um embrulhinho, uma porção, uns miligramas, um microscópico envelope de morte.
Depois vem o sono e o torpor, a sensação de falso poder e liberdade, a indiferença, a marginalidade, o desajuste, a loucura, o desafogo, às vezes o crime.
Há vendedores de veneno, traficantes de veneno, seqüestradores de felicidade, roubando de crianças e jovens a saúde, a vida, a dignidade. Há fazedores de escravos modernos, vivendo às custas da dor de pais e de filhos e nós não sabemos o que fazer com eles.
E enquanto não soubermos enfrentá-los e amarrar-lhes as mãos, eles vencerão e o país terá perdido. Depois que eles apareceram o país ficou mais droga. E vai piorar, se o Brasil não vencer o narcotráfico. Estão assassinando o Brasil de amanhã. A arma: veneno em forma de narcóticos.
Estamos à mercê de mega-assassinos. Eles sabem que matam muita gente e não pretendem parar. O maldito dinheiro que eles ganham os tornou mais malditos ainda. Se o inferno existir, eles são os maiores candidatos a ele. Como não acreditam em inferno, tornam a vida dos outros um inferno. O céu não é para eles, a menos que se convertam e reparem seu pecado. Assassinos a sangue frio, eles são o que há de pior em qualquer civilização.
Entre o operador de canhões e eles, a diferença é enorme. O operador de canhões era mandado e não ganhava mais dinheiro com isso. Eles matam pelo dinheiro, sabendo porque matam e a quem matam. Soldados sujos de uma guerra suja e silenciosa, eles sabem o que fazem e pouco se importam com isso, desde que consigam o seu dinheiro. De noite vão dormir sossegados no seu lindo palácio, ou nas suas lindas coberturas com piscina, enquanto pais e mães em algum lugar se escabelam porque alguém matou seu filho por causa desses senhores da droga. O mundo já teve milhões de criminosos. Mas poucos são tão cruéis e frios como os vendedores de droga. Eles sabem que são maus!
Pe. Zezinho, scj
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