
No dia 27 deste mesmo mês, Teresa Merlo, de Castagnito, passou a fazer parte do grupo. Ela diz: "Quando vi o senhor Teólogo (padre Tiago Alberione) pela primeira vez, e ele me falou sobre a nova Instituição de Filhas que viveriam como Irmãs, fui tomada de súbito entusiasmo". Tecla (nome dado a Teresa) foi a primeira Filha de São Paulo.
As jovens que faziam parte do grupo do Laboratório feminino eram todas associadas à Liga Catequética da Paróquia São Damião. Lá frequentavam a Missa de manhã e faziam a Visita ao Santíssimo Sacramento, lá faziam as confissões e ouiam as conferências do pároco, Cônego Chiesa.
No início, a missão consistia em compor e produzir, na gráfica, textos que depois eram disponibilizados numa pequena livraria.
Em 1918, receberam o primeiro apelo missionário do próprio fundador, o bem-aventurado Alberione: "Deus lhes oferece uma excelente ocasião para fazer o bem. Trata-se de assumir um jornal diocesano, dirigi-lo, compô-lo e imprimi-lo, e tudo isto em Susa". "Como fazê-lo?", perguntaram. Só uma delas, Emília, sabia compor. Alberione respondeu: "Vocês vão à Escola Tipográfica e aprendam, e Deus, Nossa Senhora e São Paulo as ajudarão".
Assim, partiram para Susa, no dia 22 de dezembro de 1918. Eram cinco, sendo três adolescentes.
O jornal "La Valsusa", publicação suspensa há três anos, deveria reiniciar sua publicação no dia 1o. de janeiro de 1919. Reiniciou-se a publicação e a tiragem foi aumentando. O trabalho tipográfico também se desenvolveu. A nova tipografia recebeu o nome de São Paulo para a alegria de todas. Em alguns meses, outras jovens passaram a fazer parte do grupo e a pequena família atingiu o número do colégio apostólico: 12.
As Filhas de São Paulo tiveram assim uma origem humilde e escondida. Surgiram sem nome, sem casa, sem que ninguém as notasse. O grão de mostarda é também uma das menores sementes.
Hoje, Paulinas celebram 97 anos da Fundação, daquele início discreto e humilde, em 52 nações, nos cinco continentes.
A vida das Filhas de São Paulo pode ser definida como uma vida para o Evangelho.
Se o pão é muito importante para fornecer alimento e garantir uma vida digna para todos, é igualmente urgente partilhar o pão do Evangelho, para saciar a fome de verdade e de Deus em cada pessoa.
Alberione convidava a concentrar a missão na Palavra de Deus, e abria-se a todas as formas de comunicação quando dizia: "não só falar sobre religião, mas falar de tudo, cristãmente." Assim, Paulinas buscam sempre novos caminhos para o Evangelho ser comunicado.
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